O impacto do Open Finance após 3 anos: bancos investiram R$ 2 bilhões no projeto

O Open Finance, ou sistema financeiro aberto, tem se mostrado como um dos principais protagonistas quando o assunto é tendências para o mercado financeiro nesses próximos anos. O projeto, aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em substituição ao Open Banking, que entrou em vigor em março de 2022, já teve o investimento de R$ 2 bilhões por parte dos bancos.

A iniciativa, que permite que clientes pessoa física ou jurídica de produtos e serviços financeiros tenham a liberdade de compartilhar o histórico financeiro entre instituições financeiras, já atingiu números expressivos: de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a quantidade de consentimentos de clientes no ecossistema passou de 21 milhões, em janeiro de 2023, para 42 milhões em janeiro de 2024.

Ainda de acordo com a instituição federal, ocorrem todas as semanas mais de 1 bilhão de comunicações bem-sucedidas entre as partes envolvidas nesse projeto, que tem o potencial de revolucionar o sistema bancário nacional. Esses indicativos fazem do Open Finance brasileiro o maior do mundo, tanto em escopo de dados, como em volume de chamadas.

Novidades do 4º ano do projeto

Agora em 2024, no quarto ano de andamento do projeto, a tendência é que algumas mudanças prevendo melhorias e evolução do sistema e a implementação de novas funcionalidades sejam feitas para quem participa do Open Finance. 

Confira abaixo quais são as principais novidades que os clientes podem esperar em 2024, de acordo com a Febraban:

Transferências inteligentes: a ideia é que seja possível realizar investimentos inteligentes ou aderir a proteção contra o uso desnecessário de cheque especial, de forma programável e automática. Essas movimentações serão permitidas entre contas do mesmo cliente.

Agendamentos recorrentes: poderão ser agendados os pagamentos que têm valor fixo e que sejam feitos com periodicidade definida, como mesada, professor particular, entre outras remessas.

Pix Automático: será possível realizar pagamentos de serviços públicos, assinaturas, escolas, academias, aluguel, seguros e até mesmo as cobranças de pagamento de operação de crédito — funcionando de forma semelhante ao débito automático.

Quais os benefícios do Open Finance?

Ao promover maior conectividade e eficiência nas transações financeiras, o Open Finance permite o compartilhamento de informações entre diferentes instituições. Essa integração não apenas facilita a busca por melhores taxas e produtos financeiros personalizados, mas também simplifica processos burocráticos, para que o cliente possa ter uma experiência mais fluida e segura.

De acordo com o próprio site do Open Finance brasileiro, os principais benefícios que a solução traz são:

Maior controle: o cliente escolhe como e com quem quer compartilhar os dados por meio do consentimento à instituição detentora dos dados;

Segurança e privacidade: o compartilhamento dos dados só pode ser feito após o consentimento. Essa etapa do processo é 100% digital e realizada dentro de um ambiente seguro;

Simplicidade e praticidade: o cliente poderá compartilhar os dados de forma prática e acessível por meio do internet banking ou do aplicativo da instituição que tiver conta sempre que desejar, a qualquer hora e em qualquer lugar;

Sem cobranças: o cliente agora é o dono dos dados e o Sistema Financeiro Aberto proporciona a ele o direito de compartilhar gratuitamente as informações com a empresa que desejar.

Todo e qualquer processo realizado dentro do Open Finance é digital e realizado dentro de um ambiente seguro, seguindo etapas e regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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